O primeiro livro de horror que eu recordo ter lido nesta vida foi Eu sou a Lenda, de Richard Matheson. Posso seguramente dizer que este livro definiu grande parte do meu gosto literário.
Alguns anos atrás, em meio ao murmurinho causado pelo relançamento do filme, ganhei o mesmo livro (a mesma edição inclusive) de um amigo. Minha primeira surpresa foi verificar quão poucas páginas ele tinha, pois em minhas lembranças de criança, era um livro gigantesco.
Minha segunda surpresa foi que sua releitura após tanto tempo confirmou minhas antigas lembranças de um mundo fascinante e misterioso, em uma obra que surpreendentemente não havia envelhecido.
A única mudança foi a minha forma de enxergar o tema. Quase trinta anos após a primeira leitura, a premissa da solidão de um homem que acredita ser o último no planeta e luta para se manter vivo e mentalmente são em meio a uma rotina tediosa de vida, evidentemente adquiriu outro significado.
A primeira versão do filme, lançada em 1964 e estrelada por Vincent Price, captura habilmente e com fidelidade todo o clima de solidão e abandono presentes no livro.
Felizmente, a obra está disponível em domínio público e pode ser assistida na integra aqui:
Baseado no clássico de Richard Matheson, a arrepiante ficção científica “Eu Sou a Lenda”, re-filmada como “The Omega Man” – com Charlton Heston e depois “Eu Sou a Lenda” com Will Smith. Este clássico, com Vincent Price no papel do cientista Robert Morgan em um mundo de pesadelo pós-apocalíptico. O mundo foi consumido por uma voraz praga que transformou a humanidade em uma raça de vampiros sedentos por sangue. Apenas Morgan se prova imune, tornando-se um solitário caçador de vampiros.