Schwarza Vestirá a Sunga de Conan Mais Uma vez

Pra você que sempre sonhou em ver um Conan Rei nos cinemas, definitivamente esta é uma ótima boa notícia.

A Universal Pictures anunciou nesta última sexta que Arnold Schwarzenegger vai encarnar novamente um dos seus mais famosos papéis no cinema, em uma nova aventura da série “Conan”.

Frederik Malmberg, produtor da Paradox Entertainment (que detém os direitos sobre os filmes de Conan) e escritor Chris Morgan para trazer “The Legend of Conan” para os cinemas no final de 2014.

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Segundo Malberg:

O original terminou com Arnold no trono, como um guerreiro experiente, e este é o take do filme vai assumir. É aquele mítica cara Viking/Nordico que desempenhou o papel de rei, guerreiro, soldado e mercenário, e que levou para cama mais mulheres do que ninguém, se aproximando do último ciclo de sua vida. Ele sabe que esta a caminho do Valhalla, e quer ir através de uma boa batalha… Este filme pega Conan, onde Arnold está agora em sua vida, e será capaz de usar a sua idade de fato nesta história. Eu amo tanto o universo de Conan que não iria tocá-lo a não ser com alguma coisa digna. Nós pensamos que este é um sucessor digno do filme original. Pense nisso como o Unforgiven de Conan.

Schwarzenegger, de 65 anos, vai interpretar o herói espadachim em “A Lenda de Conan”, 30 anos depois do filme que fez do ex-fisiculturista austríaco um astro de Hollywood.

Sempre amei o personagem Conan, e estou honrado por ser chamado a assumi-lo mais uma vez“, disse em nota o ator, que voltou a fazer filmes de ação depois de deixar o cargo de governador da Califórnia, em janeiro de 2011.

Os filmes originais da série – “Conan, o Bárbaro”, de 1982, e “Conan, o Destruidor”, de 1984 – faturaram mais de 70 milhões de dólares nas bilheterias dos EUA.

A franquia foi retomada em 2011, com Jason Momoa no papel-título. Mas o novo filme, também chamado “Conan, o Bárbaro”, não conseguiu repetir o sucesso dos anteriores, e faturou apenas 21 milhões de dólares nos cinemas dos EUA, segundo a consultoria BoxOfficeMojo.com.

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Oriental Stories: Cinco Contos pelo Criador de Conan

Apesar de ser mais lembrado por lançar as bases do gênero espada e feitiçaria com a criação de Conan o Bárbaro, Robert E. Howard havia praticamente abandonado as histórias de fantasia no momento de sua morte, em 1936.

Howard começou a transição para outros estilos de escrita em 1931, voltando-se para a ficção histórica, como nas cinco novelas reunidas em Oriental Stories.

Em Oriental Stories: Five Novelette’s by the Creator of Conan, Howard ficcionaliza importantes momentos históricos de conquistadores do Oriente Médio e Extremo Oriente, enquanto se confrontam com os exércitos de senhores da guerra e cavaleiros cruzados da Europa.

Talvez em nenhum outro lugar o autor tenha se dedicado tanto em dar profundidade a seus personagens como ele faz nestes contos. Algumas de suas melhores descrições de batalha também podem ser encontradas nestas páginas.

Compre aqui seu Oriental Stories: Five Novelettes by the Creator of Conan.

Oriental Stories

Quando os Bárbaros de Encontram: Conan vs. Groo

Quando os Bárbaros de Encontram: Conan vs. Groo

O bárbaro mais heroico se encontrará com o mais estúpido, quando Conan, o Bárbaro, cruza espadas com Groo, o Errante em Groo vs Conan  # 1!

A Dark Horse Comics anunciou que Conan vs. Groo, sua suposta brincadeira de Primeiro de Abril, se tornará realidade. A minissérie em quatro edições será lançada em Abril deste ano.

A hq está sendo conduzida pela premiada equipe ganhadora do premio Eisner, Mark Evanier e Sergio Aragonés, ajudados pelo mestre ilustrador Thomas Yeates e o colorista Tom Luth.

Apesar de Primeiro de Abril ser a data mais lógica para um lançamento como esse, para evitar que todos achassem que é uma piada, a minissérie será lançada em 18 de abril.

Resenha de Conan, o Bárbaro (Livro)

Pela primeira vez, o público brasileiro terá a oportunidade de apreciar o único romance escrito por Robert E. Howard, criador do personagem Conan, o bárbaro. Neste livro, também são publicados três contos inéditos: “Além do Rio Negro”, “As negras noites de Zamboula” e “Os profetas do Círculo Negro”.

O leitor se deliciará com narrativas épicas, repletas de reviravoltas e de personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares, piratas, monstros saídos dos golfos da noite, belas mulheres e feiticeiros, que irão hipnotizá-lo do início ao fim do livro.

Conheça as histórias que inspiraram gerações de leitores, escritores e roteiristas, e que também serviram de base para o filme Conan, o bárbaro.

Leitura obrigatória para apreciadores de literatura fantástica e do gênero espada & feitiçaria. Público-alvo: Apreciadores de cultura em geral e fãs de cinema e história em quadrinhos.

SOBRE O AUTOR Autor (1906-1936) é considerado um dos escritores mais brilhantes de sua geração, tendo criado dezenas de personagens conhecidos, sendo o pai indiscutível do gênero “espada & feitiçaria”.

Ao longo de sua carreira curta, porém prolífica, Howard escreveu histórias de aventura, terror, faroeste, ficção científica e erotismo, além das detetivescas, entre outras, mas foi com a criação de Conan, o bárbaro que seu nome se imortalizou.

Lançadas originalmente em revistas pulps norte-americanas, as histórias de Howard foram republicadas incontáveis vezes em mais de uma centena de países em todo o mundo, e hoje são consideradas um marco para a literatura fantástica, servindo de inspiração para os mais diversos escritores, desde J. R. R. Tolkien até George R. R. Martin.

Resenha de Conan, o Bárbaro

Logo nas primeiras páginas já se vê por que Robert Ervin Howard foi, talvez, o maior mestre da fantasia. Mesmo na ausência de Conan, é tudo tão fluente e cheio de ritmo, de filosofia mesclando com o fantástico, de vida. Um mundo imaginário toma forma como fosse real, e doeu no meu peito como no do antagonista a queda das torres púrpuras de Acheron, há 3 mil anos.

É impressionante como o autor criou um gênero, e foi tão imitado. Eis que, por exemplo, se fala neste romance da Mão Branca de Saruman… ops, da Mão Negra de Stygia. E a lista de obras que beberam da fonte de Howard ultrapassam a fronteira da fantasia: Conan se depara com uma vampira primordial em Khemi, na Stygia (Egito), chamada Akivasha. E Anne Rice (Crônicas Vampirescas) e sua Akasha.

As tramas e sub-tramas reservam boas surpresas, mesmo de início, um verdadeiro mundo hiboriano em que cão devora cão. E o Conan, mais velho e rei, é receoso como deveria, mas também impulsivo e temerário como um cimério.

Lendo, e acompanhando o repentino sucesso de Guerra dos Tronos por aqui, não consigo explicar o ostracismo dos escritos de Robert E. Howard no Brasil.

O estilo da trama se parece com o de Crônicas de Gelo e Fogo, porém com muito mais agilidade no desenrolar dos fatos, e contada de outra forma – enquanto Martin foca em diversos lados de um conflito, Howard se centra no rei que foi traído por diversos nobres e, enfeitiçado, incapaz de liderar suas tropas, viu seu reino ser invadido.

Frank Frazetta

É uma fuga alucinada e uma luta para recuperar sua posição. O mais incrível é que os escritos de Howard estão no domínio público (o autor se suicidou em 1936, aos 30 anos, somente 4 após criar o maior personagem da literatura fantástica), mas não há muita propaganda em cima deles, que estão entre o que há de melhor em tudo o que é importante numa litfan: bons personagens, surpresas, ambientação, conspirações, feitiçaria e seres mitológicos.

Conan foi construído em contos anacrônicos de sua vida como aventureiro, ladrão, mercenário e rei (o primeiro conto escrito é dele rei, já velho); neste romance, porém, a Era Hiboriana ganha muito em profundidade com a civilização perdida de Acheron e a descrição minuciosa do conflito entre Aquilônia e Nemédia, com os papéis de todos os estados envolvidos, e o jogo de interesses. E tudo sem Conan deixar de ser Conan (ousado, impulsivo, letal como uma lâmina e desconfiado como deve ser um rei), e sem perder a ação e a intensidade.

O romance “A Hora do Dragão” tem um desfecho satisfatório e poético, em certa medida, mas não é com ele que se encerra o livro. As três noveletas que se seguem se diferem muito entre si, e parecem apresentar o cimério em fases distintas de sua vida. Todas são violentas, cheias de ritmo e com conclusões agridoces, característica do estilo de Howard. Também são notórias por trazerem lugares inusitados da Era Hiboriana.

O livro, somado aos dois volumes já publicados pela Conrad há alguns anos, provavelmente terá tiragem limitada e se tornará item raro de colecionador. Um “corpus conanescum” que, embora bem conhecido e à disposição no estrangeiro, está à margem do mainstream no Brasil. Aos que apreciam uma boa literatura fantástica – com boas estórias, embasamento, maturidade e um mundo complexo e bem descrito -, a sugestão é que adquiram o mais rápido que puderem. Antes que se torne impossível.

Resenha de Conan, o Cimério

Sinopse (por Conrad): Pela primeira vez no Brasil, as histórias originais de Conan, de Robert E. Howard, serão publicadas integralmente e na ordem em que foram redigidas pelo autor.

As primeiras histórias de Conan, foram publicadas pela revista Weird Tales, em 1930, nos Estados Unidos. Mas, muito da obra de Robert E. Howard foi adaptado, ou até reescrito, por outros autores – nem sempre tão talentosos quanto Howard.

Agora, os fãs de Conan podem conhecer a verdadeira história do personagem, imortalizado no cinema por Arnold Schwarzenegger.

Conan O Cimério traz as histórias originais e materiais exclusivos, entre eles a primeira história de Conan, The Phoenix on the Sword (A Fênix da Espada) que nunca foi publicada – foi rejeitada pelos editores da Weird Tales.

O livro ainda tem ensaios de Howard sobre o mundo de Conan, como ´´A Era Hiboriana´´ e ´´Lugares e Nomes Hiborianos´´; rascunhos e contos inacabados; dois mapas do mundo de Conan, desenhados pelo próprio autor, e ilustrações originais do premiado artista Mark Schultz.

De todos os grandes personagens que habitam as páginas de Howard, Conan, o Cimério, é o herói dos heróis: um gigantesco aventureiro bárbaro, nascido nas inóspitas terras do norte da Ciméria. Lutando, ele percorreu metade do mundo de seu tempo, enfrentando inimigos naturais e sobrenaturais, até tornar-se rei do império de Aquilônia.

Schultz Conan

Confesso que durante boa parte da minha vida torci o nariz para Conan. Conheço muitas pessoas que são fãs do cimério, entre elas minha mãe e meu padrasto, mas não sentia a mínima vontade de ler os gibis da Marvel. Talvez um preconceito gerado pela imagem que ficou do bárbaro: um gigante musculoso e monossilábico, como foi imortalizado no cinema por Schwarzenegger.

Aos poucos, fui tendo contato com a Era Hiboriana, e a cada nova imersão, uma nova impressão era formada. Não demorou para ficar claro que Conan não era só o pioneirismo na literatura fantástica; a Era Hiboriana era simplesmente um dos mais complexos, incríveis e coerentes mundos já criados. A política e as pitadas de decadência que costumam faltar em obras de fantasia têm muita força no universo criado por Robert Ervin Howard, e sem perder espaço ou força para feiticeiros, bestas mitológicas e aventuras cheias de ação e reviravoltas.

E Conan… ah, Conan! Um personagem bem definido, articulado, profundo, complexo, teimoso, impulsivo e ao mesmo tempo temeroso de feitiçaria. A Marvel se desviou um pouco do original, e os filmes se desviaram muito. A fantasia que há nas noveletas originais de Howard, escritas entre 1932 e 1936 (ano de seu suicídio), é completa em todos os sentidos, e sua narrativa é vigorosa. Além disso, ele influenciou autores que viriam mais tarde, alguns assumidamente (como Michael Moorcock e seu Elric de Melniboné), outros nem tanto (em 1932, Thoth-Amon não fazia ideia de quanto tempo ficou curvado sobre seu anel do poder, absorvendo sua essência, como um certo hobbit alguns anos mais tarde…).

Para a minha sorte (e a de todos os brasileiros), a Conrad resolveu publicar na última década dois volumes contendo as noveletas, publicadas originalmente em pulps, na ordem em que foram escritas, além de ensaios do autor e sobre o autor. Como são dois livros, falarei de ambos separadamente.

Conan, o Cimério, vol. 1

Conan, o Cimério, vol. 1:

As estórias apresentadas nesse volume estão entre as melhores já escritas sobre Conan e, sem exagero, entre todas as existentes de fantasia. O livro abre com o poema “Ciméria”, que define muito sobre Conan, sua terra e os motivos de sua vida desregrada. Passamos por várias fases da vida do cimério: ele mais velho como rei, como mercenário, ladrão, pirata… E sua personalidade é profundamente explorada, com um destaque especial para seu diálogo com Bêlit em “A Rainha da Costa Negra”, no qual sua filosofia de vida é dissecada: “Se os homens encontram prazer, é apenas no fulgurante desatino da batalha. (…) Que os sábios se questionem sobre o que é real e o que é ilusão. Se sou uma ilusão, ela é real para mim. Eu vivo, eu estou cheio de vida, eu amo, eu mato, eu sou feliz assim.”

Todos os contos trazem narrativas com boas surpresas e cheias de ritmo, com elementos clássicos da fantasia épica.

Dos materiais extras do volume, de longe o ensaio “A Era Hiboriana” é a mais grata surpresa. Um texto ao longo de milhares de anos que Howard escreveu para não se perder enquanto criava seus contos, o pano de fundo histórico do cenário. Ele vai desde o cataclismo da Atlântida até o fim do tempo de Conan, quando então se dá a aurora das civilizações do mundo real.

As ilustrações também são um ponto a parte. Um trabalho magnífico de Mark Schultz, que, como todo o resto, tem o ápice neste volume.

Conan, o Cimério, vol. 2

Conan, o Cimério, vol. 2:

Após o brilhantismo das estórias narradas no volume anterior, a expectativa criada foi enorme, porém há uma certa irregularidade. O livro abre com o retumbante “A Cidadela Escarlate”, uma narrativa que é a cara do Conan Rei – o Rei é traído numa batalha e capturado, e precisa escapar e salvar a Aquilônia -, tanto que foi retomada e ampliada no único romance escrito por Howard, “A Hora do Dragão”.

Contudo, em boa parte das noveletas deste livro se vê uma fase mais comercial da escrita de Howard. Ele mesmo dizia, como se observa no primeiro volume, que seus trabalhos eram aceitos sem ressalva pela Weird Tales (a pulp que publicava Conan) se o conto fosse simples de tal modo que o protagonista vencia o vilão e possuía a donzela.

Mas mesmo o trabalho mediano de Howard é superior a muito do que há na fantasia: permanece a personalidade forte de Conan, ainda há as tramóias e reviravoltas, a escrita é fluente e intensa, e os desfechos ainda são capazes de surpreender.

A superioridade do primeiro livro também fica por conta dos extras: enquanto aquele trazia textos de Howard sobre povos da Era Hiboriana, o ensaio homônimo que explicava tudo sobre ela, e outros textos sobre Howard, o volume 2 mostra roteiros, fragmentos e contos inacabados, que não vieram a ser publicados. Algo que só virá a ser valioso para o mais apaixonado fã.

A arte de Mark Schultz mantém sua qualidade, contudo, talvez pelos acontecimentos dos contos do livro anterior serem mais memoráveis, não é neste que ele atinge o auge de seu brilhantismo.

Pelo que parece, os dois volumes não fizeram muito sucesso no Brasil. Talvez, se tivessem sido embalados por um lançamento no cinema (há um livro “novo” no mercado, mas é assunto para outra resenha), ou houvesse propaganda intensa, ou quem sabe fossem vendidos em bancas, a situação fosse diferente.

Robert E. Howard se suicidou em 1936, aos 30 anos, e seus trabalhos já estão no domínio público. Se comparados com outros clássicos da literatura fantástica de mais popularidade, como O Senhor dos Anéis e Crônicas de Gelo e Fogo, possui características que foram replicadas em tais obras, porém muito mais a oferecer.

Há, com certeza, um potencial mercadológico enorme a ser explorado – sem contar que é tudo de uso livre, sem custos. Contudo, ao ver um filme como o que saiu neste ano (apesar de Jason Mamoa ter sido 10x mais Conan que Arnold Schwarzenegger), resta a pergunta: será algum dia esse potencial explorado devidamente?