A empresa de miniaturas espanholas Knight Models divulgou detalhes e imagens do aguardado Harry Potter Miniatures Adventure Game, que iniciará campanha no Kickstarter em 14 de março.
O Harry Potter Miniatures Adventure Game permite que os jogadores entrem no mundo mágico de J.K. Rowling de uma maneira totalmente nova. Os jogadores controlam um grupo de personagens da saga cinematográfica de Harry Potter, tentando superar seus oponentes em locais familiares: Hogwarts, a Câmara dos Segredos, a Floresta Proibida e muito mais.
Os jogadores procuram resolver Desafios e Quests enquanto exploram os diferentes ambientes, equipados com cartas de Poção, Artefatos e Magias. Os jogadores podem colecionar seus bruxos e bruxas favoritos, cada uma representado por uma detalhada miniatura de 35mm (fornecida sem pintura).
A Battlefront Miniatures lançará três novos sets iniciais para Dust Tactics no começo de 2014. Desde junho a Battlefront assumiu a publicação e distribuição de Dust Tactics e Dust Warfare, que anteriormente estava sendo efetuada pela Fantasy Flight Games.
Cada starter set vai ser único conforme a facção (Allies, Axis e SSU), cada um contendo 1 herói, 1 Walker, 2 unidades de infantaria, 1 campo de batalha, terreno e praças objetivo, além de um dado temático segundo a facção. Cada conjunto tem o preço sugerido de US$50.
O Allied Taskforce Joe Starter Set conterá Bazooka Joe, Pounder, Bot Hunters e Grim Reapers. Já o Axis Kampfgruppe Stefan Starter Set conterá Stefan, Ludwig, Heavy Laser Grenadiers e Recon Grenadiers. O SSU Battlegroup Koshka Starter Set será formado por Koshka, Grandma, Fakyeli e Red Thunder.
A editora de RPGs britânica Modiphius anunciou um acordo em agosto para produzir um RPG baseado em Dust Adventures para 2014.
A ElfinWerks lançou três novos jogos desenvolvidos em parceria com empresas europeias. Ark & Noah ( Arca de Noé) foi projetado por Stefano Groppi e publicado originalmente pela Placentia Games. No jogo, dois a quatro participantes (a partir de 8 anos) trabalham em conjunto para construir a arca enquanto competem pela maioria dos pontos.
Ark & Noah inclui duas versões de regras: Rápidas, para jogo em família e Avançadas, para os jogadores mais experientes.
Fairy Land foi projetado por Luca Ennaco e publicado originalmente pela Lo Scarabeo. O jogo para dois a quatro participantes (com idades a partir de 12 anos) apresenta 154 cartas (tamanho de cartas de tarô) ilustradas por Mara Aghem e Malgeri Andrea. Os jogadores competem como clãs feericos para organizar a recepção mais espetacular para o rei.
Out of Gears foi projetado por Andrea Nani e publicado originalmente pela Red Glove. Neste jogo dois a oito participantes (idades acima de 8 anos) assumem o papel de robôs competindo por peças de reposição críticas após a gumanidade deixar a Terra.
Temos mais em comum com povos que viveram na antiguidade do que imaginamos. Apesar das incontáveis eras que nos separam, o eco da existência destes povos ressoa em nossa essência e em nossos hábitos até os dias de hoje.
Podemos não saber muito sobre suas crenças, anseios e o que realmente acontecia no dia-a-dia das pessoas comuns há milhares de anos atrás, mas de uma coisa temos plena certeza: eles também jogavam!
O jogo de tabuleiro Senet era tão popular e importante no antigo Egito que o Faraó Reny Seneb foi sepultado com um deles. E antes dele, seus ancestrais já jogavam Senet e Mehen há incontáveis gerações.
Enquanto nos túmulos reais são encontrados luxuosos tabuleiros de Senet e Mehen, nos túmulos das pessoas comuns são encontradas versões mais simples e humildes destes mesmos jogos. Nobres e pessoas comuns, todos compartilhavam deste mesmo gosto pelos jogos.
Os romanos, tão distantes no tempo, mas tão parecidos com o que somos hoje, também eram apostadores inveterados do Duodecim Scripta, um jogo que provavelmente se desenvolveu a partir do Senet. E amavam o seu Astragaloi, jogo que eu, descendente de italianos aprendi com a minha família, muitos e muitos séculos depois.
Outro exemplo é o Chaturanga, jogado na Índia desde o século VI, antes de evoluir para o Xadrez alguns séculos depois. O tabuleiro e a maioria peças são as mesmas do Xadrez e embora as regras originais tenham se perdido (da mesma forma que aconteceu com o Senet) todos os elementos do Xadrez moderno estão ali: nada de fatores aleatórios, estratégia pura e complexidade quase infinita.
Todas as culturas desenvolvidas praticavam alguma forma de jogo. Geralmente, esta prática era um indicativo de estabilidade, organização e altos níveis sociais e culturais.
Olhando para o passado da humanidade e para os seus jogos, encontramos uma predisposição universal ao lúdico. É como se os seres humanos fossem programados para jogar, para se sentirem recompensados por estes desafios interativos.
Como esta pré-disposição nasceu e se desenvolveu? Da mesma forma que a religião, com os quais são frequentemente relacionados em culturas antigas, os jogos surgiram e se desenvolveram juntamente com a humanidade.
Um dos fatores chave para este desenvolvimento foi a forma como nos alimentamos. Nas comunidades primitivas, quando os homens ainda viviam ao ar livre em tribos nômades, a humanidade praticava atividades coletoras de subsistência. Dependiam da caça, da pesca e da coleta, pois ainda não haviam aprendido a produzir alimentos.
Não temos registros históricos claros e precisos deste período, mas da mesma forma que ocorre até os dias de hoje em comunidades indígenas brasileiras, a ludicidade nestas comunidades era essencialmente física.
Os jogos serviam como preparação para as atividades de caça e pesca ou de embates que viriam a ocorrer com outras tribos ou em eventuais encontros com animais selvagens. E assim como viria a acontecer com os jogos de tabuleiro, geralmente estas atividades se misturavam com ritos de passagem religiosos.
A liderança natural da tribo era exercida pelo mais forte. O conhecimento e as experiências adquiridas eram transmitidos coletivamente e incorporados à tradição comunitária, como por exemplo, as melhores estações de caça, a distinção entre plantas e a observação das fases da lua.
Como viviam em constante movimento, literalmente estes grupos possuíam somente o que pudessem carregar. Não existia o conceito de bem individual, tudo era da comunidade e a vida girava em torno da coletividade.
O fim da última da Era Glacial permitiu o aparecimento de novos tipos de comunidades. Trabalhando com a natureza, ao invés de somente explorá-la, essas comunidades concretizaram a Revolução Agrícola do período Neolítico.
Com isso, pela primeira vez em nossa história, a raça humana passou a acumular bens e desenvolver especialidades que anteriormente não eram possíveis, em virtude da vida nômade.
Não havia mais a necessidade de se viver em constante movimento, a fartura e a estabilidade possibilitadas pela agricultura permitiram que a sociedade se desenvolvesse e se desenvolvesse em vários aspectos, como na escrita, religião e nos jogos!
Os jogos físicos certamente sobreviveram e continuaram a ser praticados, mas ao longo dos séculos a estabilidade propiciou o surgimento de de maior complexidade, com tabuleiros, componentes e posteriormente, com dados – eficientemente difundidos pelos romanos através de todo o seu império.
Séculos mais tarde, o início da impressão mecânica difundiu de maneira irreversível os jogos de cartas, tabuleiro e posteriormente os de estratégia. Com o advento da eletricidade, surgiram os jogos eletrônicos e posteriormente, os videogames. E ao juntar um pouco de tudo isso, surgiu o RPG!
A cada nova tecnologia, lá estão os jogos, insistentemente caminhando ao nosso lado juntamente com a nossa necessidade de interação e competição.
Enfim, jogamos por que somos humanos, somos lúdicos e também, porque este hábito já esta incrustado em nossa essência há muito, muito tempo…