A propagação da Peste Negra – uma pandemia devastadora que assolou a Europa entre 1348 e 1350 – tem sido atribuída ao rato preto e suas pulgas, carregadas de porto em porto enquanto eles pegavam carona em navios mercantes.
Agora, um estudo que examinou os efeitos da praga em Londres entre 1348 e 1349 sugere que o rato preto pode ter sido vítima de uma das mais longas campanhas difamatórias da história humana.
As conclusões do estudo realizado ao longo de uma década e conduzidos por Barney Sloane, um veterano arqueólogo de campo do Museu de Londres – foram publicados em Londres no artigo The Black Death in London.
A investigação detalhada efetuada por Sloane em livros de documentos, registros de tribunal, relatórios e escavações em sítios arqueológicos da peste em Londres levaram o arqueólogo a concluir que pessoas, e não ratos, foram os responsáveis ??pela propagação da praga mortal.
“A evidência apenas não está lá para apoiar (a teoria vigente)”, afirmou Sloane em entrevista ao The Guardian. Sloane continua:
“Deveríamos encontrar um grande número de ratos mortos em todos os sítios arqueológicos, mas eles simplesmente não estão lá. E todas as provas que eu já estudei sugerem a praga se espalhou muito rápido para a tradicional explicação de transmissão por ratos e pulgas. Tem que ser de uma pessoa para outra – simplesmente não há tempo para os ratos a terem espalhado”.
Você pode ler mais sobre os esforços de Sloan para inocentar o rato preto, e as provas que ele reuniu para apoiar as suas afirmações no The Guardian.