Cemitério dos Jogos – Towers in Time

No início, aqueles que conseguiram dominar a habilidade de viajar entre as dimensões consideraram este poder como uma novidade.

Haviam novos  mundos para descobrir, criaturas para ver e sobretudo magia para dominar.

Mas com todas estas coisas para mantê-los ocupados, houve uma coisa que eles não esqueceram, o Poder.

Logo, era mais fácil retira-lo dos outros do que encontrá-lo por seus próprios meios.

O único lugar para se esconder foram grandes torres mágicas construídas entre as dimensões.

Todas as vezes, no seu mundo e nos outros, elas  estão à sua disposição.
Você pode ser o último a reinar em Towers in Time?

Towers In Time foi um jogo de cartas colecionáveis (Colectable Trading Card Game) criado por Mike Sager e publicado pela Thunder Castle Games em 1994.

Visão Geral do Jogo:

Cada mago (jogador) começa o jogo colocando as cinco primeiras cartas do seu deck no topo da sua área de jogo, chamada de domínio. Elas representam os cinco escudos mágicos que permitem aos magos viajar através do tempo e do espaço.

Durante o jogo, seus oponentes vão tentar atacar e derrotar seus exércitos e derrubar os seus escudos.

Então, para impedir que isto aconteça, cada mago inicia a construção de poderosas torres a partir das fontes elementais.

Cada fonte pode abrigar uma torre e cada torre pode abrigar até três criaturas ou artefatos. Enquanto cada mago constrói mais fontes elementais, ele pode construir mais torres para defesa ou para ataque.

Uma vez que a torre esteja completa, ela é considerada carregada e passa a dar a todas as criaturas em seu interior +1 no ataque e +1 na defesa.

Portanto, o primeiro mago a construir estes recursos e repelir seus oponentes destruindo os seus escudos, vence o jogo.

Conclusão:

Towers and Times foi um dos primeiros clones de Magic: the Gathering a surgir no mercado.

Apesar de apresentar alguns conceitos interessantes para a época, como o de construção de recursos, onde cada carta depende de outra para ser jogada e das criaturas também produzem “mana”, no geral o jogo é tão parecido com Magic, mas tão parecido que na verdade ele pode até ser jogado utilizando cartas de Magic – basta adaptar um pouco as regras.

As mesmas mecânicas de jogo estão lá, com pequenas diferenças. As “cores”: Ar, Terra e Fogo obtidos através dos elementos e Magia Branca, derivada de fontes vivas e Magia Negra, derivada de fontes não vivas.

Porém, o principal defeito de Towers and Time estava na sua tentativa de se diferenciar de Magic. Essa tentativa de diferenciação se dava através do excesso.

Existiam três tipos de criaturas, independente da sua cor: Seguidores, Totens e Monstros, cada uma com características específicas.

Os objetos (artefatos no Magic) também se dividiam em três tipos: Recursos, Itens e artefatos, mais uma vez cada um com suas características próprias.

Alem disso, ao invés das habilidades das criaturas, artefatos e magias serem descritas nas cartas (como no Magic) cada uma delas possuía um ícone.

Em resumo, para jogar você precisava decorar o significado de todos eles – e eram mais de 15…

Mais o pior mesmo era a arte das cartas. As piores ilustrações da primeira edição de Magic eram muito (mais muito mesmo) superiores as ilustrações de Towers in Time.

Curiosidade:

Alguns Decks de Towers In Time vinham com uma carta rara especial, que presenteava o jogador com uma carta rara a sua escolha.

Esta carta continha continha um pequeno formulário onde o jogador informava 5 cartas de Towers in Time que ele gostaria de ter.

Este formulário devia ser enviado por correio para a Thunder Castle Games junto com cinco cartas que o jogador gostaria que não fossem republicadas nas futuras edições do jogo.

Como nunca ouve uma segunda edição do jogo, jamais saberemos quais cartas seriam retiradas…

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