Especial Descobrimento do Brasil: Dungeon Monsters e Escola de Dragões

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Especial Descobrimento do Brasil: Dungeon Monsters e Escola de Dragões

Venho com uma proposta diferente, em demonstração de apoio aos produtores nacionais. Não temos como nos declarar independentes no mercado de jogos porque a maioria do que temos a disposição vem de fora. Mesmo que em língua nacional, são jogos criados e desenvolvidos no exterior.

Ainda é muito difícil criar e produzir em território nacional, e ficamos a mercê dos gringos, se é caro comprar as adaptações nacionais, importar é mais caro ainda. Mas para termos uma indústria nacional fortalecida, original e ativa, é necessário apoiá-la sempre. Desde os projetos pequenos, para encorajar projetos cada vez melhores e maiores.

Por isso trarei um total de 4 jogos em 2 posts, todos mais no estilo Party ou Filler, todos divertidos. Cada um tem seu estilo e peculiaridades, e descrevo elas agora.

Escola de Dragões

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Introdução

Já se imaginou em meio a dragões, ou mais ainda, criar e educar vários? Pois bem, esse é o objetivo em Escola de Dragões. Mas criar essas criaturas, exige experiencia e conhecimento. E como a maioria dos seres humanos, queremos saber quem é o melhor dos mestres.

Tema

O jogo foi produzido pela Retropunk, criado por Ramsés Sohn e tem a identidade visual por Jersey Giuliano e Guilherme Moraes, além de outros ilustradores: Everson Eduardo B. Silva, Hugo Junqueira, Amanda Lemos e André Felipe da Silva

Tirando o tema, que é divertido e bonito, a ideia do jogo é comprar e baixar cartas até formar 25 pontos, antes que outro treinador o faça. Há umas duas regras pra fazer isso ou impedir que os outros façam, mas são bem simples.

Componentes

O jogo é extremamente simples, composto por um manual que consiste em uma folha em tamanho A6, pra ver como é sentar e jogar, e 54 cartas. Existem basicamente 2 tipos de cartas, as de dragões, que são as cartas que efetivamente dão pontos, e as de ação que explicarei mais pra frente como utilizar.

Cartas são cartas, não tem muito o que dizer, produzidas numa gramatura e rigidez boa. Vale comentar novamente as ilustrações bonitas e originais.

A caixa é simples, do tamanho do baralho, gostei do tamanho pois cabem as cartas sleevadas (Adeptos aos protetores, isso é importante saber)

Gameplay

A partida é bem simples, as cartas são embaralhadas e distribuídas 5 para cada jogador. Após isso os jogadores terão seus turnos que seguem 3 passos: Comprar duas cartas, baixar até três cartas de dragão e jogar as ações.

As cartas de ações são mais para tirar pontos ou cartas dos jogadores, além de evitar que alguém jogue na rodada. É o que deixa o jogo divertido e competitivo. Em contrapartida, existe uma categoria das cartas de dragões, com uma lanterna/lampião indicando um número, para baixar essas cartas você deve “pagar” a quantia indicada com pontos baixados anteriormente. Não existem mais complicações que isso

E assim sucede as partida até que alguém faça 25 pontos.

Dicas

Darei algumas dicas especificas pra cada jogo, mas no final terão comentários que valem para todos os jogos.

House Rule. Quando é uma carta de ação para fazer alguém perder uma carta, eu prefiro deixar a pessoa que utilizou a ação, sacar aleatoriamente uma carta da mão do oponente.

Existe uma expansão, ela aumenta o limite de jogadores de 4 para 5. O nome é Intercambio no Oriente. Se você já tem o jogo base, pode ser interessante, ela segue a qualidade da primeira, porém suas artes estão ainda melhores.

Se juntar 2 baralhos é “possível” jogar em até 8 pessoas. Eu não recomendo passar de 6 jogadores. Considero esse jogo um ótimo passa tempo, jogar enquanto conversa e põe o assunto em dia, ou dar aquela descansada entre uma partida e outra de jogos maiores, por isso ele é um filler. A seguir falarei de fillers para mais pessoas.

Dungeon Monsters

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Introdução

Todos que conhecem o universo de fantasia já colocou no lugar de um herói, o qual eliminava os seres malignos de Dungeons sombrias. Mas somos muitos organizados, portanto eliminamos os monstros metodicamente obedecendo certas regras de organização.

A vida não é só flores e reconhecimento, para ser um paladino de fama e favores, você precisa ser o mais bravo, destemido, rápido e eficiente eliminador de monstros, caso contrário você será conhecido por todos como um banana.

Tema

Dungeon Monsters é trazido pela nossa querida Rocky Raccoon, sim a mesma que viabiliza esse nosso papo descontraído para que vocês conheçam melhor os jogos do mercado.

O jogo foi desenvolvido por Helio Greca e traz as ilustrações do Sputnik Studio, que é a atual Dogzilla Studio. Quem quiser conferir tem todas as artes do jogo no site deles. Preciso destacar o Dragão? A carta que é única e mais forte no jogo? Enfim, bela referência ao Smaug de O Hobbit.

Alias, além de divertido, o jogo é isso, uma bela referência/homenagem ao universo de fantasia.

Componente

Como eu já disse, hoje trago jogos simples, na caixa você encontrará um manual de um tamanho aproximado de um A5, e as 80 cartas com suas ilustrações fantásticas bem estilo RPG. Infelizmente nessa primeira edição não cabem cartas sleevadas na caixa, mas pelo que sei pra segunda pode ser considerado, YEAH!!!. Mas sinceramente, dependendo de onde comprar, os sleeves saem mais caros que o jogo, então se o jogo virar um veterano de guerra, basta comprar outro exemplar.

Gameplay

O jogo consiste num baralho numerado do 1 ao 12, no qual só existe uma carta 1, que é o dragão, mas conforme o número aumenta, também aumenta o número de cartas. Por exemplo, a carta 2 existem duas, a 3 existem três até chegar no rato que o 12 com doze exemplares. Além dessas cartas existem 2 Doppleganger, que são os curingas do jogo.

O jogo pode ser jogado a partir de 4 jogadores até 8. Recomendo uns 6 pra ficar mais legal. Nas regras recomenda-se tirar parte do baralho para jogos com menos pessoas. As cartas são embaralhadas e distribuídas, a quantidade na mão de cada um vai ser diferente.

A rodada e turno são simples. O primeiro jogador escolhe um número de cartas iguais para jogar na mesa, duas cartas de valor 12, por exemplo. O próximo jogador só pode jogar um par de cartas de valor inferior, duas cartas 11 ou duas cartas 5. Quem não possuir cartas com o valor menor na quantidade exigida passa a vez, ou ainda você pode blefar se for de sua estratégia. Cada jogador segue descartando ou não, seguindo a regra vigente na rodada.

Quando alguém joga uma quantidade de cartas, e nenhum outro participante faz outra jogada, quem jogou as últimas cartas inicia uma nova rodada, decidindo uma nova quantia de cartas a ser respeitada e impondo o primeiro valor. Por exemplo quatro cartas de valor 10, o próximo jogador terá que jogar quatro cartas de valor inferior, lembrando que as cartas de valor 3, 2 e 1 não possuem essa quantidade de exemplares, isso faz parte da estratégia.

O jogador que se desfazer primeiro de todas as suas cartas é o HERÓI LENDÁRIO, e o último que conseguir se desfazer é o GRANDE BANANA. Essa é a parte mais engraçada no jogo pois, a partir da primeira partida os papéis são definidos conforme os jogadores vão se desfazendo da sua mão de cartas eles vão assumindo os papéis mais altos da mesa, isso inclui uma dinâmica nos lugares físicos, cada jogador muda de  lugar em que esta sentado conforme a ordem de descarte.

Os 2 lugares mais baixos, os bananas, são espoliados pelos heróis, isso é, entregam as suas melhores cartas para os que estiverem melhores colocados, em contrapartida, os heróis entregam suas piores cartas para os bananas. Além disso, o Grande Banana, o jogador na pior posição, fica encarregado de embaralhar, distribuir e arrumar as cartas da partida.

E assim é Dungeon Monster, a partida tem final, mas você pode jogar infinitamente. É um jogo extremamente rápido e descontraído, apesar de ser um filler, é fácil jogar 3 ou 4 horas seguidas sem perceber.

Dicas

Entrem no papel, brinquem de Herói e Banana. Tirem sarro de si próprios quando forem Bananas.

Dicas Gerais

Essa dica aparecerá em todas as minhas reviews. Se você tem um grupo que joga sempre e você gosta deste grupo, tudo bem, mas se conheceu qualquer jogo em um grupo não usual, antes de decidir se gostou ou não, experimente uma partida com outras pessoas. Pode parecer obvio, mas a diversão pode ser muito maior com as pessoas certas.

House Rules, normalmente esse jogos pequenos melhoram bastante com algumas regras que funcionam melhor pra você. Então criar ou modificar algumas regras acaba tornando o jogo mais atraente e divertido. Por exemplo jogar Uno com um “efeito especial” pra cada número jogado. Se você não leu as outras dicas, eu comentei algumas que eu utilizo.

Fillers são jogos rápidos, de fácil compreensão e, normalmente, mais baratos. Sempre bom ter alguns exemplares variados.

Pretendo apresentar um total de 4 jogos nacionais nesse estilo, vou continuar o post ainda essa semana, aqui apresentei um jogo de 2 a 4 jogadores e outro de 4 a 8 jogadores. Apresentarei outros 2, um para 4 a 6 jogadores e outro 6 a 18, SIM DEZOITO, jogadores, quem adivinha quais são? Quem adivinhar é Herói Lendário, quem não adivinhar pelo menos um, é o Grande Banana hahaha.

Todos os quatro jogos formam uma boa coleção inicial de fillers, por isso escolhi apresentar os 4 em específico, acho que cada um abrange um número diferente de pessoas e divertem bem, isso é muito útil, seja numa noite de jogos ou um evento qualquer que reúnem várias pessoas. Além disso todos são pequenos e fáceis de transportar.

 

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