Uma mistura de Bang! e Resistance Máfia é um jogo de dedução e intriga.
As pessoas jogam como mafiosos que serão alocados em várias missões, como “Roubar o Monet”, “Impressão de Notas Falsas” e “Sequestro do Prefeito” entre outras. As missões são azuis ou amarelas e sempre tem um número a ser alcançado, um número de pessoas que estarão nela e o número de cartas a ser colocadas até a missão terminar. Os mafiosos terão cartas amarelas e azuis e nas missões azuis as cartas azuis valem positivamente, nas amarelas negativamente e vice e versa, as cartas são colocadas secretamente e só após a missão terminar é que será revelado o status da missão, os mafiosos precisam completar 4 missões em 7 para vencer o jogo.
Tudo seria muito simples se não houvessem policiais infiltrados em nosso meio tentando sabotar as missões colocando cartas da cor contrária. Até aqui este jogo é muito parecido com “Resistance” e outros jogos de dedução de personagens ou “traidores”, mas suas cartas não têm apenas cor e número, também tem habilidades diferentes. Uma delas pode lhe permitir comprar duas cartas, outra descarta uma carta do oponente, outra alocar ou tirar alguém de uma missão. Essas habilidades tornam um jogo um pouco parecido com “Bang”, no qual você ataca os seus vizinhos e também tenta descobrir quem é quem.
Os jogadores compram uma carta por turno e (se quiserem) baixam uma carta por turno, apenas uma carta, então você precisa decidir se vai apoiar a missão na qual você está, ou se vai usar a sua habilidade especial para tentar descobrir quem é o policial ou machucar quem você acha serem os policiais. Outra decisão importante que os policiais devem tomar é a hora de se revelar que pode trazer vantagens (você passa a comprar 2 cartas por turno e descartar uma) e desvantagens (todos os mafiosos vão jogar contra você), mesmo as abertas e com mais mafiosos que policiais o jogo é equilibrado pois é necessária coordenação dos mafiosos para vencerem as missões, qualquer interferência de um policial escondido ou não pode ser desastrosa.
Uma mistura curiosa de mecânicas torna “Máfia” um jogo único e se você não conhece nem “Bang!”, nem “Resistance” não existe motivo para não se aventurar na edição lançada em português pela Galápagos que custa uma fração desses outros jogos importados. O baralho feito pela Copag é de alta qualidade e arte tem uma atmosfera que combina com o jogo. Ele é fácil de aprender e pode ser tentado com pessoas que não estão acostumadas com o mundo dos jogos, servindo como ponte para jogos mais complexos.
Tárik
Bacana o texto, parabéns. Uma resenha breve e suficiente para falar sobre os principais pontos do jogo. O Máfia foi um dos títulos preferidos de meu grupo por um bom tempo. O problema que noto ao apresentá-lo a novos jogadores é que as cartas de ação possuem muitos efeitos diferentes, sendo difícil dos jogadores assimilarem todos eles ainda nas primeiras partidas. No entanto, a iconografia do jogo é bacana e ajuda muito nessa parte. Outro ponto forte é a não existência de eliminação de jogadores, diferente do Bang, algo muito útil já que o jogo pode prolongar-se, especialmente quando os jogadores querem interpretar seus personagens e criar histórias com base nas cartas que saem.