Acredite ou não, realmente existe um antigo anel de ouro, completo – com sua própria inscrição e maldição. Melhor ainda, especula-se que este anel teria inspirado JRR Tolkien a escrever O Hobbit e O Senhor dos Anéis.
O anel foi encontrado em 1785 por um fazendeiro que estava a alguns quilômetros de distância das paredes de Calleva Atrebatum, em Silchester, Inglaterra – uma cidade que floresceu na Idade do Ferro e foi abandonada após o fim da ocupação romana na ilha.
O anel carrega a inscrição em latim “Senicianus vive bem em Deus”. A frase pode parecer sem graça – até você saber que a 120 quilômetros dali, foi encontrada uma tabuleta de maldição que menciona o anel.
Acontece que Senicianus, que gravou o anel com o seu nome, roubou o anel do seu proprietário, Silvianus. Em vingança, Silvianus escreveu uma maldição sobre a tabuleta, suplicando: “Para o deus Nodens. Silvianus perdeu um anel… não conceda saúde para aquele que carrega o nome de Senicianus até que ele traga de volta o anel para o templo de Nodens.
E o que Tolkien tem a ver com tudo isso? Acredita-se que o responsável pelas escavações arqueológicas em Silchester, Sir Mortimer Wheeler, buscou os conhecimentos de Tolkien sobre a etimologia da palavra Nodens por volta de 1929. Atuando como professor de Ango-saxão em Oxford, Tolkien era conhecido por visitar regularmente para a pesquisa o Templo de Nodens. E isso tudo aconteceu apenas um ano antes dele começar a escrever O Hobbit.
Esquecido por muitos anos, como o Um Anel de Tolkien na Terra-média, o anel romano juntou poeira em uma biblioteca. Depois da sua relação com JRR Tolkien vir a tona, o anel de ouro de 12g ficará em exposição em uma sala especial, no museu The Vyne, em Hampshire.
Em associação com a Sociedade Tolkieniana, a “Sala do Anel” também abriga memorabilia do autor e deixa em aberto se o antigo anel realmente foi a inspiração para que Tolkien escrevesse O Hobbit e O Senhor dos Aneis.