Na minha opinião, expansões são incríveis. Eu já escrevi sobre a compra de expansões, mesmo quando o jogo básico não é utilizado o suficiente para justifica-la. Eu estava solidarizando com um amigo que também parece compartilhar o mesmo desejo quase obsessivo de possuir todas as expansões para os seus jogos favoritos. E conforme discutimos, acho que encontrei a raiz da minha compulsão.
A princípio o propósito geral de uma expansão é acrescentar mais. Se você gosta de Settlers of Catan, Seafarers acrescenta mais. Se você gosta de Carcassonne, Inns and Cathedrals acrescentam mais. Nesses casos, eles trazem mais componentes e expandem as opções disponíveis para o jogo. Algumas expansões vão mais longe e trazem novas mecânicas, como Cities and Knights ou 7 Wonders: Leaders. Em qualquer caso, o objetivo da expansão é adicionar o Santo Graal dos jogos – rejogabilidade.
Uma das grandes vantagens do boardgaming com relação a outros tipos de entretenimento é a rejogabilidade. Quantas vezes você realmente pode ver o mesmo filme? Eu vi os melhores filmes, os meus favoritos absolutos, provavelmente uma meia dúzia de vezes. Minha mulher viu seus favoritos uma dúzia. Mas isso ao longo de vários anos. Eu tinha The Resistance há apenas um ano, e ele já acumulava pelo menos três dúzias de jogatinas. Então expansões adicionam rejogabilidade extra para dar aos seus jogos uma continua longevidade.
Mas para mim, na maioria das vezes essa não é a verdadeira razão para eu comprá-las. Com poucas exceções, eu sempre quero uma expansão. Eu nem sempre as compro imediatamente e nem sempre acabo comprando. Mas na maioria das vezes, eu as gravo em minha mente e planejo obtê-las o mais rápido possível. Isto se aplica até mesmo a mini-expansões vendidas através de lojas Geek, como cards bônus de Troyes. Quatro cartas. É isso aí. E eu ainda quero.
E qual a razão deste comportamento? Bem, depois de alguma discussão, acho que entendi o porquê. Quando a expansão é lançada, eu realmente não a considero um acréscimo ao jogo base. Em vez disso, de alguma forma meu cérebro interpreta que a base, mais todas as suas expansões, são o jogo completo. E agora, com apenas o jogo base, o que eu realmente tenho é uma parte de um grande jogo. Minha coleção tinha um jogo completo, e agora tem somente uma parte de um jogo completo.
Então de alguma forma, lá em cima meu cérebro desprezível faz sentir que só porque saiu um novo conteúdo para o jogo, minha cópia vai de completa para incompleta. E, ao invés de ter meus jogos favoritos devastados dessa maneira, eu salto em sua defesa e compro a parte faltante para que assim, mais uma vez, eu tenha uma cópia completa.
Loucura? Talvez. Alguém compartilha desse transtorno ou eu sou o único?
Via: Giant Fire Breathing Robot – Geekinsight
Compartilho completamente da sua ideia, e acrescento que algumas destas expansões acabam por tirar a dinâmica de alguns jogos, como é o caso do Bang!, do qual possuo todas as expansões, mas durante as ultimas partidas temos optado por não usar nenhuma.
Além disso mesmo as expansões possuindo preços menores que os jogos em si, ainda podem ser consideradas caras, pois são compostas, em sua maioria, por um número bem menor de componentes. Com essa compulsão por expansões, acabei deixando de comprar outros jogos, o que nos traz a pergunta principal: Uma expansão traz tanta rejogabilidade assim, ao ponto de valer mais a pena ser comprada do que um novo jogo ?
Bom ponto Lucas.
Tenho analisado mais antes de fechar minhas compras, preferindo as expansões que realmente vão acrescentar alguma coisa ao jogo (como Cosmic Alliance, que permite acrescentar ao Cosmic Encounter mais um jogador) das compradas pelo puro impeto consumista (como as expansões de Dungeoneer, do qual sou fã).
Quando a compra cai na segunda opção, no puro consumismo, também tenho preferido investir em um jogo novo…
É realmente algo para refletir.
Por um lado ficamos indiferentes quando sabemos de um amigo que comprou a ‘desejada’ e falou que não era aquilo tudo. Você vai à casa dele, joga e constata que ele tinha razão. Ou você se arrisca, e na pior das opções a dita cuja se filia ao clube dos ‘esquecidos naquele canto’.
Mas algumas expansões, meus caros, despertam o Igor Olman (personagem do Dork Tower) em cada um.