Belregard é um jogo onde não existem heróis, onde a esperança é um item raro e a fé tem sido usada para cegar e manipular os fracos; e eles são a maioria.
Um jogo de descobertas, amores e desilusões. Um jogo de RPG com foco em narrativa e divertimento em grupo.
Introdução – O que é Belregard! Por Jneves
Este material que você tem em mãos é resultado de pesquisas e reflexões. Todo o tempo explorando cenários imaginários contribuíram para este resultado final e seria injusto não incluir todos estes anos no amadurecimento de um pensamento, que resultou nesta obra. Belregard vem como uma consequência natural da maneira particular de jogar RPG do meu grupo. Acho que, com o tempo, todo narrador, ou mesmo jogador, sente a necessidade de criar algo seu e não se importa muito se esta obra será revolucionária ou apenas “mais um do mesmo”. Nunca tive um pensamento empreendedor, então não sei dizer se você, leitor, está prestes a experimentar uma impressionante revelação. SeBelregard ajudá-lo a ambientar algumas estórias, ou mesmo inspirá-lo as suas próprias criações, já me dou por satisfeito.
Este cenário difere-se um pouco dos mais tradicionais em sua abordagem. Em Belregard não existem raças não-humanas e inúmeras etnias disputam o terreno deste mundo marcado pela guerra. A fé que supostamente deveria unir os homens parece servir mais para segregá-los, com interpretações diferentes de uma verdade que ainda parece-lhes fugir do alcance, mesmo com o fato do próprio Deus Criador ter descido ao mundo para lhes orientar. No passado aqueles dedicados as orações eram capazes de operar pequenos milagres, mas desde que Deus morreu, para purificar os homens, estas preces não são mais atendidas e alguns sussurram que ninguém mais os olha “lá de cima” para resguardá-los e tudo o que resta é a perdição da Sombra, que a todos engolfa em seus cortejos de mentiras.
Belregard contou com uma certa pesquisa histórica para ter seus meandros determinados. Alguns livros de autores consagrados ajudaram a dar coesão a sociedade e ao meio de vida deste povo. Nomes como Marc Bloch, Jacques Le Goff, Michel Pastoureau, entre outros, emprestaram suas teorias e ideias para que fosse possível explicar sobre estas pessoas, seus comportamentos, da melhor maneira. Apesar disso, é preciso advertir aqueles que estão para ler este livro, principalmente aos interessados em narrar neste cenário, que Belregard NÃO É A EUROPA. Por mais que existam evidentes semelhanças, muitos detalhes, costumes e comportamentos foram misturados, ignorados ou inventados para que este fosse, de fato, um cenário de fantasia medieval e não uma recriação falha de nossa Europa medieval.
As influências literárias de Belregard podem parecer óbvias, mas valem ser citadas para referências de outros que queiram se inspirar e pegar um pouco do clima deste cenário. Por tratar-se de algo um pouco mais denso, pesado e maduro, penso que romances históricos são uma ótima pedida para mostrar certas abordagens ao cenário medieval precário. Bernard Cornwell certamente lhe emprestaria ótimas ideias. Literatura de fantasia também nos alimentaria muito bem a mente, desde o clássico dos clássicos Tolkien até o mais recente, e aparente sucessor, George R. R. Martin.
Certas partes deste livro são apresentadas como tendo sido escritas por personagens desta realidade particular e deve-se falar sobre isso com cuidado, já que o leitor deve perceber que pessoas são tendenciosas. Portanto, ao ler sobre a história de Belregard, escrita por um sacerdote, deve-se ter em mente que, por mais imparcial que ele tente ser, ainda é um sacerdote e não irá contra os seus dogmas em nome de qualquer neutralidade axiológica. Isso não deve deixar o livro com cara de “meio verdadeiro”, esta questão deve ser vista como oportuna para narradores e outros criadores de estórias. Se não existe uma certeza, já que é apenas o ponto de vista de determinada pessoa, uma imensa gama de possibilidades surge diante dos olhos daqueles capazes de enxergar e a intenção, ao escrever desta maneira, foi exatamente essa.”
Faça aqui o download do Fast Play de Belregard.
Obrigado pela divulgação!!!