Semana passada o amigo Rafael Barcellos, também conhecido como O Clérigo, conduziu uma divertida sessão de Mazes & Minotaurs – e de quebra colaborou com a revisão do livro.
Com as devidas autorizações e benção clericais, segue o reporte da aventura:
Personagens
Tivemos 4 jogadores: Ellayne, que jogou com a amazona Galateia; Hiago, que jogou com o bárbaro Avekh; Javo, que jogou com o bárbaro Adamanto; e Tiago, que jogou com o hoplita Articus. Daniel iria jogar com um sacerdote de Apollo, chamado Aristeu, mas teve alguns imprevistos e não pôde participar.
Como uma onda no mar…
Galateia, Avekh, Adamanto e Aristeu estavam em um barco rumo a Atenas, quando a amazona avistou uma jangada à deriva, no meio do oceano. Quem estava na pequena embarcação era Articus, que logo foi resgatado pela tripulação do barco.
Apresentações
Por terem ajudado no resgate, o capitão pediu aos aventureiros que levassem o resgatado até a cozinha do barco, onde poderia se alimentar e receber cuidados. Articus contou-lhes que havia fugido de sua cidade, que havia sido atacada por Persas, ficando à deriva vários dias no mar.
O kraken
Em meio às apresentações, todos ouviram o som ensurdecedor de uma cornucópia (uma concha marinha), que fez seus corações tremerem de pavor. Após o zunido, todos ouviram e sentiram um baque, como de um martelo ou ferramenta poderosa golpeando o próprio leito do mar.
Subitamente, a proa do barco se ergueu, como se empurrada por baixo, fazendo com que várias pessoas caíssem e se ferissem. No furor da agitação, algumas pessoas gritaram que era o Kraken atacando o barco. Movido então por um “lampejo de coragem suicida”, o personagem Avekh, interpretado pelo Hiago, jogou-se na água, espada e escudo empunhados.
Corpos com densidade maior que a água…
Afundam! E foi isso que aconteceu com o pobre Avekh, que tardiamente descobriu que é impossível nadar segurando um escudo e uma espada. Mais interessante ainda foi a atitude do bárbaro Adamanto, que, empunhando um machado e seu escudo, resolveu saltar atrás de Avekh para ajudá-lo.
Resultado: uma longa operação de resgate para tirar os dois do mar, que resultou na perda de vários pontos de vida para ambos, além da inconsciência de Adamanto.
Que Kraken?
Após o fenomenal resgate efetuado pela amazona Galateia (que sabiamente tirou seu equipamento e amarrou uma corda na cintura, antes de pular na água), nossos bravos heróis puderam observar melhor a cena e perceber o que estava acontecendo.
Na verdade não havia Kraken algum, mas apenas uma estranha ilha rochosa que havia emergido das profundezas oceânicas, bem abaixo do barco. Por sinal, eles também puderam ver o enorme rombo no casco da nau. Por isso, Articus decidiu descer à ilha com alguns marinheiros, para ver melhor o estrago e encontrar meios de repará-lo. Enquanto isso, Adamanto voltava à consciência, por meio da ajuda do sacerdote Aristeu.
Nada além de pedras…
Logo perceberam que não havia nada além de pedras, mas que talvez pudessem arrumar o barco utilizando alguns caixotes e pedaços de madeira da própria nau. Assim, voltaram à bordo.
E agora?
No navio, todos conversavam sobre o que fazer, quando Adamanto resolveu descer à ilha para tentar encontrar alguma informação a mais. Quando se aproximou da amurada, porém, Adamanto viu alguém caminhando na ilha, em direção a uma elevação rochosa bem no centro. Pelas roupas, identificou o homem: era o sacerdote Aristeu.
Isso é obra de Poseidon…
Ao ver o sacerdote na ilha, Adamanto chamou os outros aventureiros. Galateia, que era uma antiga amiga do sacerdote, sentiu seu coração pesar e desceu rapidamente do barco, seguindo os passos do companheiro. Atrás dela vieram Articus e Avekh. Todos já estavam convencidos de que aquilo era obra de Poseidon.
This is (not)… PERSIA!!!
Galateia e os outros viram Aristeu se aproximar da elevação rochosa no centro da ilha, contornando-a lentamente, sem dar ouvidos aos gritos dos companheiros. Quando os aventureiros finalmente chegaram ao outro lado da rocha, deram de cara com três persas que tentavam rolar uma porta de pedra sobre a entrada do que parecia ser uma caverna. Nem sinal de Aristeu.
Aproveitando o embalo e a surpresa, Galateia jogou-se sobre os homens, lembrando tardiamente que estava desarmada. Articus e Avekh chegaram logo atrás, também sem seus equipamentos, mas partiram para a briga de mãos nuas. Por sorte, Adamanto, que havia ficado no barco, já havia descido e trazia os equipamentos que seus companheiros haviam deixado na nau.
Socorro!!!
Após algumas rodadas alucinantes de combate, os aventureiros deram conta de dois persas. Foi então que, para seu desespero, ouviram aquele mesmo som da cornucópia, mais alto do que antes, seguido pelo mesmo baque surdo que pareceu fazer a ilha tremer.
O último persa, ao ouvir o som, largou as armas e partiu em direção à porta da caverna, tentando fechar a porta desesperadamente. Enquanto os aventureiros também se jogavam para dentro da caverna e ajudavam o persa a fechar a entrada, a ilha começou a tremer e afundar.
Por fim, o fim…
Infelizmente este foi o fim da aventura, com os heróis presos em uma caverna mal iluminada, junto com o inimigo persa e água entrando pelos vãos na rocha. Se tivéssemos mais tempo, certamente teríamos ido até o final do labirinto para enfrentar o minotauro.
O que eu achei
Eu achei Mazes and Minotaurs bem legal, com um sistema simples e bem parecido com D20. Os jogadores fizeram bons personagens, com históricos interessantes, e acredito que todos tenham ficado com um gostinho de “quero mais”. Se der certo, vou tentar arrumar outra sexta-feira para terminarmos esta aventura.